quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DIREITO A EDUCAÇÃO... ADAPTADA À MINHA REALIDADE.


Vivendo e aprendendo, dia a dia um novo desafio, mas acho que o principal para nós mães é a questão educacional de nossos filhos, porque quando iniciamos a caminhada, e isso pode ser aos 3 anos ou um pouco mais, enfrentamos mais do que desafios, enfrentamos desilusões, dificuldades de aceitação, descaso e em alguns locais mais desinformados até humilhação.
Nossa caminhada começou aos 5 anos do Eros, quando ele já tinha o diagnóstico de autismo e eu ainda engatinhando no que seria as dificuldades dele e as minhas.
Em 3 casos específicos até houve uma abertura inicial e a tentativa de adaptação, mas que no final só traumatizava mais e limitava as esperanças, porque quando a gente se encontra nesse ponto o que sentimos é tristeza e cansaço, porque as palavras são duras e o medo das pessoas que não estão capacitadas para tal ato é tão grande que eles recuam e parecem escrever pra ti, FIQUE LONGE.
Depois das tentativas frustradas, decidi que iria me preparar primeiro e me fortalecer para o que estava por vir, ele ficou sem "estudar" por 2 anos, claro que a ansiedade teve que ser controlada ao máximo, mas eu não queria falhar de novo com ele, e foi assim que no momento certo para ele e pra mim, ( afinal o que era prioridade para ele, não era a minha prioridade) e esse é um ponto que sempre bato na mesma tecla com as famílias que me procuram, o que é real para seu filho, aprender a escrever e a ler, ou aprender as atividades simples do dia a dia, ou no caso do Eros aprender a focar a atenção dele, sentar, ouvir os amiguinhos na sala de aula sem ter uma crise, sair na rua sem disparar numa corrida, e foi nessa preparação que eu reconheci o real momento do meu filho, porque por mais que a sociedade diga, ESSE É O CERTO, eu como mãe de autista, sei o que é MELHOR, e não o que é certo.
Um ano ainda não se completou, e juro, quando ele entrou na escola, claro que o coração pulava e eu pensava meu Deus não posso soltar a mão dele, ele vai chorar, ele vai gritar, e para minha surpresa após uma semana de adaptação e orientações ele foi se ajustando, e agora meus amigos, ele entra sozinho, fica sentado esperando a hora do portão abrir, e para minha atual alegria, está segurando no lápis e ensaiando suas primeiras atividades no livro.
Claro que, existindo uma parceria constante com as professoras, a diretora e eu, onde dou informações dele quando ele chega e elas me repassam informações dele quando ele sai, eu em casa, regrando e disciplinando e na escola desenvolvendo o mesmo, disciplinando sim, porque essa é a primeira fase, o que não pode, não pode mesmo. E com isso os resultados acontecem e nós simples mães vamos vivendo dia a dia alegrias incontáveis.
Obrigada a todos, um beijo enorme, creiam Deus é contigo.
Emanoele Freitas






CARTILHA INCLUSÃO E A ESCOLA