domingo, 27 de abril de 2014

AS SURPRESAS E PRAZERES DO TRABALHO - ARAPIRACA- ALAGOAS. ( PALESTRA,QUAL O SEU PAPEL NA INCLUSÃO?)

O nome Arapiraca vem de uma árvore da família das leguminosas mimosáceas, a Piptadenia. Uma espécie de angico-branco, comum no Agreste e no Sertão. Foi embaixo da Arapiraca, localizada as margens do Riacho Seco, que Manoel André Correia dos Santos (fundador da cidade) descansou. A sombra daquela árvore fez com que Manoel André tivesse a ideia de construir uma cabana. Depois de alguns tempos, com a vinda de outras famílias, a árvore Arapiraca ficou cercada por um povoado. O local começou a ser povoado na primeira metade do século XIX.

Município de Arapiraca
""Cidade do Progresso"
"Terra do Fumo"
"Capital do Agreste Alagoano"

Conhecer os lugares é uma das coisas que mais me fascina e quando isso vem aliado a algum trabalho é mais do que maravilhoso.
Meu primeiro trabalho fora do Rio de Janeiro foi justamente numa cidade que nunca imaginei chegar, mas que tanto tem a acrescentar em minha historia de vida, pois mesmo sem eu saber já fazia parte de mim.
Fui convidada em Dezembro de 2013 a palestrar na cidade de Arapiraca - AL pelo grupo Mulheres Unidas pelo Autismo, e ao longo de 3 meses fomos alinhavando todos os por menores desse trabalho, fui buscando informações do local, como eu faria para sair do Rio pela primeira vez após o falecimento de minha mãe, e isso, demandava contratar alguém para ficar com meus filhos, qual palestra que elas iriam querer, o povo que iria encontrar entre tantas outras informações, a única que eu não imaginava era que Arapiraca era a Cidade de meu bisavô e bisavó, incrível não é? tão longe e tão perto.
Minha família por parte de mãe e pai são todos do Nordeste do Brasil, mas especificamente de Sergipe, mas a revelação pré viagem foi que meus avós e bisavós originavam de outro local, mais especifico Alagoas, fiquei muito feliz, e conhecer a cidade de meus bisavós, sua cultura e histórias podendo unir o prazer de viajar e trabalhar ao mesmo tempo foi realmente uma benção.
No primeiro dia sai do Rio de janeiro em escalas, Rio x Brasília - Brasília x Maceió, bom achei que parava ai, mas pra minha surpresa ainda tinha mais duas horas e meia de táxi até o meu destino, bom pra encurtar uma viagem que começou as 3:00h da madrugada e acabou as 19:00h chegando no hotel Senna, onde fui muito bem recebida, e devo agradecer imensamente ao taxista Sr. Luiz que ao longo do trajeto junto com o Sr. Antônio, um velhinho de 80 anos que pegou carona conosco no taxi, pois estávamos indo na mesma direção, desfilaram todo seu amor pela cidade e suas belezas, algumas delas que pude comprovar ao longo da rodovia.
o verde predomina e esse pequeno rancho me conduziu a uma miragem tamanha beleza.

o Lago principal do Agreste, antes poluído e hoje totalmente revitalizado.

me encantou as nuvens desse lugar, simplesmente perfeitas e de um brilho próprio.

Grupo Mulheres Unidas pelo Autismo, e profissionais da Pestalozze de Arapiraca 
vista do Planetário de Arapiraca, o Lago preenche quase toda a área.     
 
Quando chegou a noite outro fator interessante, de dia muito calor e de noite é bem frio, o agreste e seus mistérios, como isso me fascina. A palestra escolhida foi " QUAL O SEU PAPEL NA INCLUSÃO, FAMILIA, ESCOLA E SOCIEDADE - OS TRES PILARES DO PROCESSO."
particularmente gosto muito desse tema, pois aborda justamente o meu trabalho favorito, a conscientização das famílias e das escolas, ponto crucial para conseguirmos alcançar o tão sonhado processo de inclusão.
Um dia antes teve a Palestra da Dra. Marize Suplino, uma das desenvolvedoras do CFN e também diretora do Instituto Ann Sulivan, e isso me deixou mais confortável para falar, pois ela abordou o tema central da inclusão que é o respeito ao indivíduo, no meu caso ia mais para a parte de onde começa o processo, a base emocional de cada família e cada profissional, onde começa a transformação, que é na nossa atitude.
Encontrei pessoas grandemente envolvidas no processo de tratamento de seus filhos, com sede de aprender e buscar formas e lugares para ajudar uma melhora de vida de seus pequenos, só isso motiva qualquer um a falar. Profissionais que atuam diretamente com a criança e o jovem com autismo, buscando orientação pura e genuína de como ajudar seus docentes, nossa, não tem preço.
Arapiraca possui um centro de atendimento onde há equoterapia, psicólogos, fonoaudiólogos e outros profissionais que atuam diretamente, poucos locais possuem esse tipo de trabalho.
O grupo Mulheres unidas pelo autismo composto de Iza Maria e Andreia, mães de autistas, lutam para divulgar e conscientizar também a cada um sobre o autismo e suas especificidades, como em muitos lugares, também possuem suas dificuldades, mas firmes lutam dia após dia por esse ideal.
O grupo reunido contam com reuniões mensais e também palestras como essa que participei, sendo apoiadas pelos comerciantes locais para conseguir êxito.
O número de autistas em Arapiraca também é alto, e começo a crer que cada vez irei me espantar mais e mais com esses números, que até março 2014 era de 1/80 crianças, e hoje em Abril 2014 foi alterado de 1/68 crianças, crescendo, crescendo, e a informação chegando muitas vezes demorada e com vários erros.
 
 
 No dia 14 de Abril de 2014 às 8horas comecei minha palestra e as 14horas finalizei com um grupo maravilhoso e cheio de perguntas, mas também com uma determinação e garra para continuar lutando por seus ideias e a buscar mais e mais informações, e como me alegro em responder, em compartilhar, em aprender com cada um que vem conversar comigo.
e claro agradecer, agradecer sempre pela luz, pela atenção, pelo carinho que recebo, porque nessa caminhada que é árdua, dura, muitas vezes solitária e cheia de decepções, estar com pessoas que buscam o mesmo que eu  e lutam pelo mesmo ideal, traz conforto, paz e a certeza de estar no caminho certo.








 
Grupo de Profissionais da Pestalozzi de Arapiraca, vocês são guerreiras, souvenires de Arapiraca, jangada e o fumo claro que conta a historia de toda a cidade, as bijuterias feitas de CAPIM DOURADO, outra maravilha do agreste, imaginem uma vontade de trazer tudo srsrs, os doces típicos de caju outra especiaria local, e não menos importante a Camisa que ganhei de presente das meninas do Mulheres Unidas pelo Autismo.
o Meu muito obrigada a todos de Arapiraca e um oi aos meus ancestrais, a cidade de vocês é linda e como seu nome mesmo diz MUITO PROMISSORA!.
Um beijo em todos e até a próxima. Contem comigo.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

REPORTAGEM CASO MARIA EDUARDA - 9 ANOS, MAIS UMA CONQUISTA NA EDUCAÇÃO!

Em março desse ano fui procurada pela repórter Nícia do Jornal Folha dos Lagos, indignada como qualquer outro cidadão pelo descaso com relação a Educação e em principal por um caso em específico, o caso de Maria Eduarda, de 9 anos, autista, que teve seu direito a ir para à escola impedido devido a assistente que ficava com ela se dizer, "sem condições de ficar com a menina".
Começamos ai um trabalho de orientação e claro de recorrer a Lei que GARANTE não só a Maria Eduarda o direito a educação, mas a todas as crianças sejam elas deficientes ou não a frequentar a escola e receber a formação educacional seja aonde for.
Agradeço muito a jornalista Nícia por todo o cuidado e carinho diante desse caso, ao jornal Folha dos Lagos pela oportunidade de participar neste caso e a todos que se comprometeram inclusive a Secretaria de Educação de Cabo Frio, Elenice Martins pelas medidas tomadas.
Parabéns Maria Eduarda, vamos sempre continuar lutando pelos direitos de nossas crianças e você é uma delas, hoje, amanhã e sempre.

Emanoele Freitas



quinta-feira, 10 de abril de 2014

PALESTRAS -O INICIO DE UM TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO E BUSCA DE MUDANÇAS

Meu trabalho é divulgar, conscientizar e orientar a todos que me buscam, pois como costumo dizer a todos que me conhecem, eu não escolhi o autismo, ele, me escolheu e hoje vivo diariamente com os desafios e vitorias advindas desse grande mistério a ser desvendado.
Essa palestra é uma oportunidade que só tenho a agradecer assim como foi a palestra do Inclusão e Mediação 2014, e a cada uma que acontece vou ficando mais e mais agradecida a Deus por me escolher e me capacitar, porque dia a dia aprendo cada vez mais com as pessoas e as crianças, e isso só acrescenta em minha vida.
Espero que possamos juntos trilhar caminhos que nos conduza a melhorias do desenvolvimento e também do crescimento.
Dia 13 de Abril nos vemos em Alagoas, Seminário sobre Autismo.

O QUE ENSINAR A SEUS FILHOS SOBRE CRIANÇAS ESPECIAIS

O QUE ENSINAR A SEUS FILHOS SOBRE CRIANÇAS ESPECIAIS

fonte:http://www.apoioautista.com.br 


Traduzido por Andréa Werner, do blog “Lagarta Vira Pupa
Por Ellen Seidman, do blog “Love That Max
Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.
E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.
Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!
Pra começar, não tenha pena de mim
“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”

— Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral

Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”
— Shannon Wells, do blog “Cerebral Palsy Baby”; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral

Use o que eles tem em comum
“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”
— Michelle, do blog “Big Blueberry Eyes”; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down

Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”
— Jana Banin, do blog “I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won’t Say Out Loud)”; mãe de Benjamin, que é autista

Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”
— Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe do RJ, que é autista 

Encoraje seu filho a dizer “oi”
“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”
— Katy Monot, do blog “Bird On The Street”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral.

Encoraje as crianças a continuar falando
“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”
 Lisa Quinones-Fontanez, do blog “Autism Wonderland”; mãe do Norrin, que é autista

Dê explicações simples
“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”
— Kimberly Easterling, do blog “Driving With No Hands”; mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down

Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”
— Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomina 9

Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”
— Jennifer Byde Myers, dos blogs “Into The Woods” e “The Thinking Person’s Guide To Autism”; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral.

Inicie uma conversa
“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”
— Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral

Não se preocupe com o constrangimento
“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”
 Dana Nieder, do blog “Uncommon Sense”; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada


domingo, 6 de abril de 2014

O IMPOSSÍVEL ESTÁ SE TORNANDO POSSÍVEL.






I SEMANA AUTISMO AAPA - ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOA AUTISTA. UM MARCO NO MUNICIPIO DE NOVA IGUAÇU

Nova Iguaçu, 06 de Abril de 2014 ( domingo )

Este foi o dia do encerramento da Semana Autismo AAPA - Associação de Apoio a Pessoa Autista 2014, um domingo de Sol que veio pra abrilhantar essa semana que traz um marco para o município de Nova Iguaçu, antes segregado ao esquecimento quanto a concientização e divulgação do Autismo.
A AAPA - Associação de Apoio a Pessoa Autista, única instituição na Baixada Fluminense a fazer o atendimento e tratamento especializado a pessoa com TGD ( Transtorno Global do Desenvolvimento) através de sua Presidente e Sócia Fundadora Emanoele Freitas, em janeiro deste ano lançou o desafio que parecia impossível aos olhos de muitos, pois se trata de uma instituição sem verba, sem patrocinadores e sem vinculo com órgãos públicos, e ao longo desses meses veio trilhando secretaria em secretaria, batendo de porta em porta, buscando apoio e ajuda em todos os cantos do município, divulgando não só o trabalho da instituição como também seu município de nascença e criação.
A Semana contou com um cronograma cheio de personalidades cabaritadas e de alto nível no que se refere ao autismo, profissionais esses que doaram seu trabalho em prol da causa.
O Cronograma seguei os seguintes dados:
01 de Abril - JORNADA DE PALESTRAS NA UNIG - NOVA IGUAÇU - contando com Fonoaudiologa, psicomotricista, pedagoga, e a participação de pais, estudantes e profissionais da própria faculdade.
02 de Abril - PANFLETAGEM em Nova Iguaçu, no qual um grupo de mães saiu pelas ruas do município panfletando e conscientizando a todos que passavam. ALMOÇO COM OS ASSOCIADOS DO ROTARY CLUB DO LESTE - para abordagem das necessidades do municipio e da própria instituição. - PALESTRA NA CASA DE CULTURA DE BELFORD ROXO - onde a Presidente Emanoele Freitas, falou para vários pais e profissionais da rede pública da necessidade de buscar o conhecimento e acabar com o preconceito.
03 de Abril - Na parte da manhã uma brilhante palestra para os profissionais Educadores da Rede Pública, na ESCOLA MUNICIPAL PAUL HARRIS, onde contou com a presença de representante da Secretaria de Educação Marilene Rocha, e na parte da tarde mais uma JORNADA DE PALESTRA NA FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE NOVA IGUAÇU - novamente contando com uma gama especial de profissionais, que durante toda a tarde dividiram seus conhecimentos com mais de 100 alunos da faculdade.
04 de Abril - foi o grande dia de debates realizando o PRIMEIRO FORUM EM PROL DOS AUTISTAS DO MUNICIPIO DE NOVA IGUAÇU, onde a instituição AAPA que em 2012 pleiteou a aprovação do Projeto de Lei, 00016/2012 e ganhou com unanimidade na Camara Municipal dos Vereadores e o governo anterior sancionou no dia 04 de Julho de 2012 a Lei Municipal nº 4.186/2012 onde institui-se a rede municipal de atendimento da pessoa com autismo,e  trouxe neste forum a discussão artigo à artigo do que já esta sendo feito e o que ainda falta fazer para que a lei se cumpra, contou com a presença da Secretaria de Educação, Secretaria de Assistencia Social e da Sub Secretaria dos direitos da Pessoa com Deficiência, bem como da Coordenadora de Pedagogia da Própria Faculdade, levantando as discussões e fazendo desse evento algo histórico no município.
06 de Abril - O grande encerramento da Semana, outro marco na cidade, o I ENCONTRO ESPORTIVO E SOCIAL DA SEMANA AUTISMO AAPA, evento que contou com a participação de vários órgão para grande alegria de toda a família AAPA, e também abrilhantado com a participação das crianças e seus familiares, contando com o apoio da Secretaria de Esportes, Sub Secretaria dos direitos da Pessoa com deficiência, SESC Nova Iguaçu, Comunidade Viva, Duda Som, Marcelo Azeredo ginástica Olímpica, R2 Assessoria esportiva, Esportes Adaptados, Projeto Esporte para todos, Capoeira da Comunidade Viva, Unopar, Big Cola, entre outros que apoiaram esse evento, que apesar de ser o primeiro ano, já trouxe para o município a seriedade e o respeito dessa instituição a todos com Autismo e seus familiares, onde a fala principal da presidente ao agradecer a todos foi, “ Esse é o primeiro de muitos, a AAPA é uma realidade e ela é da Baixada Fluminense, é de Nova Iguaçu, aqui é nossa casa e não teremos que sair mais daqui para buscar atendimento, ajuda, reconhecimento, respeito e tratamento de primeira linha para nossos filhos, hoje, amanhã e para sempre, a AAPA vem tornar o seu slogan uma verdade máxima, O PRECONCEITO SÓ É VENCIDO COM O CONHECIMENTO, AUTISMO, CONHEÇAM E DIVULGUEM CONTEM CONOSCO!.”

A semana acabou, mas o trabalho está apenas começando. Um forte abraço em todos

EMANOELE FREITAS









Emanoele Freitas.