domingo, 12 de abril de 2015

VENCENDO O DESAFIO DO MEDO...

Quantas vezes me perguntei, porque funciona com os outros e não com meu filho? Como posso ajudá-lo se não sei quando vai começar a crise? E hoje tive um desses momentos de reflexão e vivência.
Só quem tem um filho autista compreende outra mae de autista e só quem tem um filho autista com agressividade pode entender o que é o medo de se expor a uma crise e ainda mais na Rua, mas o dia de hoje foi especial,  levantei as 3 horas da manhã pois o Eros acordou e não dormiu mais,  e as 5 da madruga estávamos tomando banho e foi quando decidi que ele iria comigo pra caminhada em prol dos autistas,  e que mesmo com medo eu íria conseguir, as 6 estávamos na Rua, e logo no caminho começou a agressão e o descontrole,  primeira crise solucionada com ajuda de outra mãe,  Eros está crescendo e com isso suas forças também,  chegamos, e aí internamente a pergunta vai descer?  Vai corre o risco?
Resposta,  sim, mas um sim cheio de receio, seguimos e ao ver s quantidade de brinquedos expostos a apreensão, não tardou e mais uma crise começou mas dessa vez com muitos chutes,  arranhões,  mordidas e puxões de cabelo, ao ponto de doer muito e me levar as lágrimas, mas ali não via Perigo haviam vários Eros,  em busca de ajuda e solução da falta de suporte do Governo,  segundo crise solucionada com mais dificuldade, eu acredito na melhora e tento pela terceira vez e dessa vez foi bem mais grave,  arrancando um bom tufo dos meus cabelos,  derepente sem que eu ou os que me ajudavam pudesse segurar a tempo,  e aí nao teve jeito,  seguimos de volta para o ônibus.
Conseguimos acalma lo de novo e dessa vez com o medicamento dele, abençoado Dramin B6, e aí acalmou de vez,  vejo a possibilidade de participar pelo menos da abertura da caminhada que é por ele,  pra ele é por todos os nossos meninos e meninas autistas,  pelos nossos Direitos,  e mais uma vez vou as lágrimas por cansaço,  pelo emocional abalado por lutar sozinha por essa causa que literalmente me causa dor e sangue, mas o sangue externo não afeta tanto quanto a incerteza do que será no futuro,  futuro esse que Vivo hoje pois não quero vê-lo piorar,  ou quem sabe eu não aguentar, e só uma pergunta naqueles momentos,  como vou te ajudar filho? Como vou descobrir o que te aflige? Como vamos superar se nem os médicos conseguem entender pporque nenhum medicamento surte efeito e te acalma para que entenda?
Hoje foi um dia muito importante,  não só pela caminhada,  não só por ter conseguido cumprir a Semana autismo AAPA pelo segundo ano,  mas porque eu consegui vencer o desafio do medo, da vergonha,  da dor,  porque hoje a coragem sobrepôs e mesmo com tudo você saiu comigo na Rua para um evento,  mesmo eu sabendo de tudo o que vem passando e o que me esperava caso tivesse uma crise. E chegamos aqui.

Um comentário:

  1. Amanoele, por afavor, me ajude. onde vc trata seu filho.
    O meu tem 7 anos e è muito agressivo. Bate em todos dentro de casa.
    Como fazer para evitar esse tipo de problema.
    Vc consegue mante-lo calmo?
    Estou desesperada.

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