hoje li o nome de um blog e fiquei pensando no nome escolhido, POETISANDO A VIDA, refletir sobre o título e cheguei a conclusão que é exatamente isso que fazemos dia após dia, poetisamos a nossa vida e as nossas lutas, como mãe vivo poetisando o que será e como será, poetisando um sorriso espontâneo dos meus filhos como o de agora pouco enquanto eles brincavam na varanda de casa, após de mais uma crise de ciúmes do Eros, penso na paciência que a irmã precisa ter todas as vezes que ele sem compreender direito monopolisa o querer dela, e ela com seu jeito de pré adolescente oscila horas em ser quase uma mãe super protetora e outras a irmã cansada e que só quer ficar no computador jogando e ele não quer deixar.
Poetisei o que passou, revivendo em algumas partes do ano e confesso algumas vezes lutando pra me lembrar de como foi a gestação de cada um, que tem certos momentos que fica bem difícil lembrar, não porque já tem muitos anos, mas sim porque não as vivenciei como devia, de uma na dificuldade de manter a gravidez até o final, e na segunda por ter sido tão tranquila que as vezes nem parecia que estava esperando realmente, ahhh e a correria do dia a dia, o trabalhar sem parar, e tudo passando tão rápido, que hoje poetiso cada momento, observando o brilho nos olhos deles, o sorriso tímido de Ohanna que me faz lembrar tanto de mim mesma, o segurar dos braços nas costas do Eros, o dormir com as mãos embaixo do rosto como se estivesse orando enquanto sonham com uma tranquilidade e simplicidade que só as crianças tem.
Poetisando as madrugadas que levanto duas, três ou mais vezes pra observa-los, ou quando estão doentes pra ver se estão mesmo que timidamente respirando, preocupação que nunca mais passou desde o dia em que cheguei carregando nos braços aquele pedacinho de gente, e um tantinho pior no caso de Ohanna principalmente por não ter chegado em casa segurando aquele pedacinho de gente, tendo que deixa-la no hospital.
Creio que nenhuma mãe consegue deixar de fazer isso, o velho ritual de colocar o dedo embaixo do nariz do filho pra sentir sua respiração, ou o olhar atento pra ver o subir e descer do peito.
Sei os dois lados, vivo a criança neurotípica e vivo a criança com uma necessidade especial, e poetisando a minha vida a nossa vida vejo que não a uma milionésima chance de serem diferentes, porque nessa poesia em que vivo, somente uma Palavra me Move em ambas as direções: Meu Amor de Mãe.
Para meus filhos; Ohanna Kali 10 anos e Eros Micael 8 anos.
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