quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ATITUDES QUE SÓ MÃES ESPECIAIS TEM ...SEGUIR RUMO A VITÓRIA, CUSTE O QUE CUSTAR

O Son-rise foram os primeiros a me dizerem o que era Autismo, claro depois da Dra. que deu o Laudo, e com grande alegria absorvi tudo como uma esponja, ávida por conhecimento e por tentar entender o que meu filho sentia, o pessoal do Sonrise me enviou material que hoje é disponibilizado na internet pelo site www.inspiradospeloautismo.com.br , você tem como baixar e colocar em prática.
Não estou dizendo que é um milagre, mas com determinação e dedicação diária, pouco tempo mesmo, e digo isso porque trabalho fora por horas a fio e quando chego em casa muitas das vezes estou cansada sim, mas com um pouco de tempo podemos fazer a terapia com nossos filhos, pessoal, alguns dizem que autismo não tem cura, e que isso ou aquilo, mas eu Emanoele, acredito que meu filho possa melhorar sim, Eros quando diagnosticado não falava, não olhava ou sequer apontava e hoje ele está falando, expressa sentimentos, olha com mais frequência e eu creio sim, Meu filho Terá uma vida Normal SIM. Podem me julgar quem quiser, mas sou eu que vivo com ele e sei o que ele melhorou, sei também que ainda falta uma longa caminhada, mas ele vai superar isso. Agradeço mais uma vez todos que me apoiam e que acompanham o Eros. Beijos a todos e Mães não tenham vergonha dos seus filhos, tenham coragem de Dizer meu filho é ou Está autista, mas vamos SUPERAR isso.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Metodologias de Estimulação para Autistas


PECS Picturing Exchanging Communication System (Sistema de Comunicação pela Troca de Figuras)
O PECS foi desenvolvido nos EUA pelo psicólogo Andrew Bondy e pela fonoaudióloga Lori Frost. Eles viram que muitas crianças com autismo tinham dificuldade com imitação, especialmente a imitação verbal (imitar palavras) e mesmo aquelas que eram capazes de imitar, geralmente não usavam as palavras para se comunicar espontaneamente. Bondy e Frost queriam encontrar uma maneira de ajudar as crianças com autismo a se comunicar de uma forma funcionalmente fácil e socialmente aceitável. Também queriam encontrar uma forma de fazê-lo que fosse fácil para os pais e outras pessoas aprenderem e entenderem, dando à criança a possibilidade de se tornar mais integrada socialmente e ao mesmo tempo mais independente.
O PECS dá à criança a possibilidade de expressar suas necessidades e desejos de uma maneira muito fácil de entender. Muitas crianças que começaram a utilizar o PECS também desenvolvem a fala como um efeito colateral, claro que é um efeito colateral muito agradável!
PROGRAMA SON-RISE
O Programa Son-Rise é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da pessoa com autismo”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a pessoa como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa pessoa?” Quando a pessoa com autismo sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
O Programa Son-Rise é lúdico. A ênfase está na diversão. Isto significa que os pais, facilitadores e voluntários seguem os interesses da criança e oferecem atividades divertidas e motivadoras nas quais a criança esteja empolgada para participar. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo, qualquer que seja sua idade. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto, este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender todas as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo, o contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano). O Programa Son-Rise instrui os pais na criação destas efetivas interações com a criança ou adulto de forma que eles possam dirigir o programa de seus filhos e ajudá-los durante todas as interações diárias com eles.
MÉTODOLOGIA TEACCH
O programa Teacch (Treatment and Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children), que em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes situações e frente a diferentes estímulos.
Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras,
cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa . Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex ., potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática.
METODOLGIA FLOORTIME
Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e  que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos  para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como ” abrindo e fechando círculos de comunicação”. Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.
MÉTODO ABA
Applied Behavior Analysis refere-se a um vasto campo de pesquisas. Através de investigações científicas são procuradas regras que controlam o comportamento, no sentido de prever, manipular, mudar e prevenir determinados comportamentos.
O ensino de uma nova competência é efectuado em pequenos passos, e cada passo é intenso e gradual, até que seja aprendido. É realizado de um modo sistemático, consistente e gradual. Assim, é possível ter certeza que a criança percebe que tem muito sucesso e se sente recompensada.
Para os autistas, o mundo parece muito confuso. Portanto, quando a maioria das pessoas é consistente e clara, a criança começa a sentir sucesso e recompensa, e o mundo parece menos confuso, mais agradável e convidativo. Então, a criança tem motivação para comunicar com outras pessoas e outras crianças.

COMO SE SENTE UM AUTISTA?


O SENTIMENTO DOS AUTISTAS
Por Jim Sinclair. ” Autista Asperger “ Este artigo foi publicado na revista da Rede Internacional de Autismo (Autism Network Internetional), Nossa Voz, volume 1, No 3, 1993. É uma mostra do discurso de Jim , que é um autista asperger , na Conferência Internacional de Autismo em Toronto e foi dirigido principalmente aos pais .
Os pais geralmente contam que reconhecer que seu filho é autista foi a coisa mais traumática que já lhes aconteceu. As pessoas não autistas vêem o Autismo como uma grande tragédia, e os pais experimentam um contínuo desapontamento e luto em todos os estágios do ciclo de vida da família e da criança.
Mas este pesar não diz respeito diretamente ao autismo da criança. É um luto pela perda da criança normal que os pais esperavam e desejavam ter, as expectativas e atitudes dos pais e as discrepâncias entre o que os pais esperam das crianças numa idade particular e o desenvolvimento atual de seu próprio filho causam mais estress e angústia que as complexidades práticas da convivência com uma pessoa autista.
Uma certa quantidade de dor é normal, até os pais se ajustarem ao fato de que o resultado e o relacionamento que eles estavam esperando não vai se materializar. Mas esta dor pela criança normal fantasiada precisa ser separada da percepção da criança que eles realmente têm: a criança autista que precisa de adultos cuidadosos, pode obter um relacionamento muito significativo com essas pessoas que cuidam dela, se lhes for dada a oportunidade. Atentar continuamente para o Autismo da criança como a origem da dor é prejudicial tanto para os pais como para a criança e impede o desenvolvimento de uma aceitação e de um relacionamento autêntico entre eles. Em consideração a eles próprios ou à suas crianças, eu conclamo os pais a fazerem mudanças radicais nas suas opiniões sobre o que o Autismo significa.
Eu convido vocês a olharem para o nosso Autista e olharem para o seu luto sob a nossa perspectiva .
O Autismo não é um apêndice
O autismo não é algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. Não há nenhuma criança normal escondida por trás do Autismo. O Autismo é um jeito de ser, é pervasivo, colore toda experiência, toda sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que você deixaria não seria a mesma com a qual você começou.
Isto é importante, então tire um momento para considerar que : Autismo é um jeito de ser. Não é possível separar a pessoa do Autismo .
Por conseguinte, quando os pais dizem:
“Gostaria que meu filho não tivesse Autismo”
O que eles realmente estão dizendo é:
“Gostaria que meu filho autista não existisse, e eu tivesse uma criança diferente em seu lugar”
Leia isto novamente. Isto é o que ouvimos quando vocês lamentam por nossa existência. É o que percebemos quando vocês nos falam de suas mais tenras esperanças e sonhos para nós: que seu maior desejo é que, um dia, nós deixemos de ser, e os estranhos que vocês possam amar vão surgir detrás de nossas .
Autismo não é uma parede impenetrável
Você tenta falar com seu filho autista e ele não responde. Ele não te vê. Você não consegue alcançá-lo. Não há adentramento. É a coisa mais difícil de lidar, não é? A única coisa é que isso não é verdade .
Veja novamente: você tenta falar como pai de uma criança, usando seu próprio entendimento de uma criança normal, seus próprios sentimentos sobre relacionamentos. E a criança não responde de forma que você possa reconhecer como sendo parte desse sistema .
Isso não significa que a criança esteja totalmente incapacitada para se relacionar. Só significa que você está assumindo um sistema compartilhado, um entendimento compartilhado de sinais e significações do qual a criança em questão não participa .
É como se você tentasse ter uma conversa íntima com uma pessoa que não tem compreensão de sua linguagem. É óbvio que a pessoa cuja linguagem não vai entender o que você está falando; não vai responder da forma que você espera; e pode mesmo achar confusa e desprazeirosa toda a interação .
Dá mais trabalho se comunicar com uma pessoa cuja linguagem não é a nossa. E o Autismo vai mais fundo que a linguagem e a cultura. Os autistas são estrangeiros em quaisquer sociedades. Você vai ter que abrir mão de toda a sua apropriação de significados compartilhados. Você vai ter que aprender a voltar a níveis mais básicos, sobre os quais provavelmente você nunca tenha pensado, vai ter que abandonar a certeza de estar em seu próprio território familiar de conhecimento, do qual você está a serviço e deixar seu filho lhe ensinar um pouco de sua linguagem, guiá-lo um pouco para dentro de seu mundo .
Mesmo que você tenha sucesso, ainda não será um relacionamento normal entre pai e filho. Sua criança autista pode aprender a falar, pode ir para séries regulares na escola, pode ir à Universidade, dirigir um carro, viver independentemente, ter uma carreira – mas nunca vai conversar com você como outras crianças conversam com seus pais. Ou, sua criança autista pode nunca falar, pode passar de uma sala de educação para programas de oficina protegida, ou residências especiais, podem precisar por toda a vida de cuidado e supervisão de tempo integral – mas essa tarefa não está completamente fora do seu alcance. As formas que relatamos aqui são diferentes. Levam para coisas que suas expectativas dizem que são normais, e você vai encontrar frustração, desapontamento, ressentimento, talvez até raiva e ódio. Aproxime-se respeitavelmente, sem preconceitos e com abertura para aprender novas coisas, e você vais encontrar um mundo que nunca poderia ter imaginado .
Sim, isto dá mais trabalho que falar com uma pessoa não autista. Mas pode ser feito – a não ser que as pessoas não autistas estejam muito mais limitadas que nós em sua capacidade de se relacionar. Levamos a vida inteira fazendo isso. Cada um de nós que aprende a falar com vocês, cada um de nós que funciona bem na sua sociedade, cada um de nós que consegue alcançar e fazer um contato com vocês está operando em um território estranho, fazendo contato com seres alienígenas. Passamos a nossa vida inteira fazendo isso. E então, vocês vêm nos dizer que não podemos falar. Autismo não é morte
Certo, o autismo não é o que muitos pais esperam e se preparam quando antecipam a chegada de uma criança. O que esperam é que uma criança vai parecer com eles, vai pertencer ao seu mundo e falar com eles sem um treinamento intensivo para um contato alienígena. Até se a criança tem alguns distúrbios diferentes do Autismo, os pais esperam estarem aptos a falarem com ela de modo que pareça normal para eles, e na maioria dos casos, mesmo considerando a variedade de distúrbios, é possível formar um tipo de laço que os pais têm estado almejando.
O que acontece é que se esperava uma coisa que era extremamente importante e desejada com grande contentamento e excitação, e talvez, gradualmente, talvez abruptamente, teve-se de reconhecer que a coisa almejada não aconteceu. Nem vai acontecer. Não importa quantas crianças normais você tenha, nada vai mudar o fato de que agora, a criança que você esperava, desejada, planejada e sonhada não chegou .
É parecido com a experiência parental de ter, por pouco tempo, uma criança recém-nascida e esta morrer logo na infância. Não se trata de Autismo, mas de expectativas cortadas. Sugiro que o melhor lugar para direcionar estes assuntos não seja as organizações voltadas para o Autismo, mas no aconselhamento das aflições parentais e grupos de apoio. Nesses espaços eles aprendem a dar termo à sua perda – não esquecê-la, mas deixá no passado onde o luto não bate mais no seu rosto a todo momento da vida. Aprendem a aceitar que sua criança se foi para sempre e que não voltará mais. O mais importante é que aprendam a não trazer seu luto para as crianças que vivem. Isto é de importância fundamental quando estas crianças chegam ao mesmo tempo que a outra está sendo lamentada pela sua morte .
Não se perde uma criança para o Autismo. Perde-se uma criança porque a que se esperou nunca chegou a existir. Isso não é culpa da criança autista que, realmente, existe e não deve ser o nosso fardo. Nós precisamos e merecemos famílias que possam nos ver e valorizar por nós mesmos, e não famílias que têm uma visão obscurecida sobre nós por fantasmas de uma criança que nunca viveu. Chore por seus próprios sonhos perdidos se você precisa. Mas não chore por nós. Estamos vivos. Somos reais. Estamos aqui esperando por você .
É o que acho sobre como as sociedades sobre autismo devem ser: sem lamentações sobre o que nunca houve, mas deve haver explorações sobre o que é. Precisamos de você. Precisamos de sua ajuda e entendimento. Seu mundo não está muito aberto para nós e não conseguiremos se não tivermos um forte apoio. Sim, o que vem com o Autismo é uma tragédia: não pelo que somos, mas pelas coisas que acontecem conosco. Fique triste com isso se quiser ficar triste com alguma coisa! Melhor que ficar triste com isso é ficar louco com isso – e então faça alguma coisa. A tragédia não é porque estamos aqui, mas porque o seu mundo não tem lugar para com que nós existamos. Como pode ser de outra forma se nossos próprios pais ainda se lamentam por nos terem trazido para este mundo ?
Olhe, alguma vez, para o seu filho autista e tire um momento para dizer para si mesmo quem aquela criança não é. Pense: “Essa não é a criança que esperei e planejei. Não é aquela criança que esperei por todos aqueles anos de pregnância e todas aquelas horas de sofrimentos. Não é aquela que fiz todos aqueles planos e dividi todas aquelas experiências. Aquela criança nunca veio. Não é esta criança”. Então vá fazer do seu luto não importa o que – e comece a aprender a deixar as coisas acontecerem .
Depois que você começar a deixar as coisas acontecerem, volte e olhe para o seu filho autista novamente: “Esta criança não é a que eu esperava e planejava. É uma criança alienígena que caiu em minha vida por acidente. Não sei o que é essa criança ou o que vai ser. Mas sei que é uma criança naufragada num mundo estranho, sem pais com formas próprias de cuidado. Precisa de alguém com cuidados para isso, para ensinar, para interpretar e para defender. E devido a essa criança alienígena cair na minha vida, esse trabalho é meu, se eu quiser” .


O QUE É AUTISMO ?


O autismo é uma síndrome que apresenta comprometimentos em três importantes domínios do desenvolvimento humano: a comunicação, a sociabilização e a imaginação. A isto, ela deu o nome de tríade.
Desvios qualitativos da comunicação
Caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal.
Portanto, dentro da grande variação possível na severidade do autismo, poderemos encontrar uma criança sem linguagem verbal e com dificuldades na comunicação por qualquer outra via – isto inclui ausência de uso de gestos ou um uso muito precário dos mesmos; ausência de expressão facial ou expressão facial incompreensível para os outros e assim por diante – como podemos, igualmente encontrar crianças que apresentam linguagem verbal, porém esta é repetitiva e não comunicativa.
Muitas das crianças que apresentam linguagem verbal repetem simplesmente o que lhes foi dito. Este fenômeno é conhecido com ecolalia imediata. Outras crianças repetem frases ouvidas há horas, ou até mesmo dias antes (ecolalia tardia).
É comum que crianças com autismo e inteligência normal repitam frases ouvidas anteriormente e de forma perfeitamente adequada ao contexto, embora, geralmente nestes casos, o tom de voz soe estrando e pedante.
Desvios qualitativos na sociabilização
Este é o ponto crucial no autismo e o mais fácil de gerar falsas interpretações. Significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas.
Muitas vezes a criança que tem autismo aparenta ser muito afetiva, por aproximar-se das pessoas abraçando-as e mexendo, por exemplo, em seu cabelo ou mesmo beijando-as quando na verdade ela adota indiscriminadamente esta postura, sem diferenciar pessoas, lugares ou momentos. Esta aproximação usualmente segue um padrão repetitivo e não contém nenhum tipo de troca ou compartilhamento.
A dificuldade de sociabilização, que faz com que a pessoa que tem autismo tenha uma pobre consciência da outra pessoa, é responsável, em muitos casos, pela falta ou diminuição da capacidade de imitar, que é uns dos pré-requisitos cruciais para o aprendizado, e também pela dificuldade de se colocar no lugar de outro e de compreender os fatos a partir da perspectiva do outro.
Pesquisas mostraram que mesmo nos primeiros dias de vida um bebê típico prefere olhar para rostos do que para objetos. Através das informações obtidas pela observação do rosto dos pais, o bebê aprende e encontra motivação para aprender. Já o bebê com autismo dirige sua atenção indistintamente para pessoas e para objetos, e sua falha em perceber pessoas faz com que perca oportunidades de aprendizado, refletindo em um atraso do desenvolvimento.
Desvios qualitativos na imaginação
Se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da pessoa. Isto pode ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças e dificuldades em processos criativos.
Esta dificuldade pode ser percebida por uma forma de brincar desprovida de criatividade e pela exploração peculiar de objetos e brinquedos. Uma criança que tem autismo pode passar horas a fio explorando a textura de um brinquedo. Em crianças que têm autismo e têm inteligência preservada, pode-se perceber a fixação em determinados assuntos, na maioria dos casos incomuns em crianças da mesma idade , como calendários ou animais pré-históricos, o que é confundido às vezes com nível de inteligência superior.
As mudanças de rotina, como de casa, dos móveis, ou até mesmo de percurso, costumam perturbar bastante algumas dessas crianças.
Espectro do Autismo
O Autismo não é uma condição de “tudo ou nada”; ao contrário, é visto como um continuum que vai do grau leve ao severo. Existe uma grande associação entre autismo e retardo mental, desde o leve até o severo, sendo que considera-se que a gravidade do retardo mental não está necessariamente associada à gravidade do autismo.
A palavra autismo atualmente pode ser associada a diversas síndromes. Os sintomas variam amplamente, o que explica por que atualmente refere-se ao autismo como um espectro de transtornos
Dentro deste espectro encontramos sempre a tríade de comprometimentos que confere uma característica comum a todos eles. Alguns são diagnosticados simplesmente como autismo, traços autísticos, etc, ou Síndrome de Asperger (considerado por muitos como o autismo com inteligência normal). Além destes, existem diversas síndromes identificáveis geneticamente ou que apresentam quadros diagnósticos característicos, que também estão englobadas no Espectro do Autismo.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DIA 02 DE ABRIL - DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Pessoal estamos trabalhando para fazer em Nova Iguaçu um evento no dia 31/03/2012  para comemorar o dia 02 de abril, unir nossas famílias e trazer para nossas crianças momentos de alegria, descontração e prazer.
Nosso grupo e Associação juntamente com as mães e alguns Amigos que prontamente se candidataram a colaborar para fazer desse dia o melhor. Quero poder contar com vocês também, as inscrições para participar são poucas devido ainda estarmos iniciando nosso trabalho e por não ter renda própria ainda, então precisamos que se cadastrem para que possamos separar a camisa de identificação das crianças e os crachás.
TELEFONE CONTATO: 9114-5973 Emanoele Freitas
                                            7484-1728 Patrícia

 E-MAIL PARA CADASTRO: batepapoautista@yahoo.com.br
                                                    euemeuautista@gmail.com

Espero fazer junto com vocês uma dia muito Lindo, Azul e repleto de Muiiiita Felicidade para nossas crianças.

Beijos e não se esqueçam : AUTISMO, CONHEÇA E DIVULGUE!




quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

NOVIDADES SOBRE O AUTISMO


Novidades


Estudo identifica gene com papel-chave em risco de autismo
Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1102263-5603,00.html 29/04/2009 às 14h43min
Pesquisadores dizem que 'conserto' em variante de gene pode cortar casos em 15%.
Da BBC
Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na revista científica "Nature" apresentou as provas mais convincentes encontradas até hoje de que os genes têm um papel fundamental no desenvolvimento do autismo. Cientistas da Universidade da Pensilvânia detectaram pequenas mudanças genéticas que parecem ter um forte impacto na probabilidade de um indivíduo desenvolver o autismo e outras doenças relacionadas, como a síndrome de Asperger.
As mudanças influenciam genes que ajudam a formar e manter conexões entre as células do cérebro. O estudo destacou em particular uma variante genética comum, que, se "consertada", poderia diminuir os casos de autismo em 15%. Pesquisas anteriores já relacionaram outras variantes genéticas ao autismo, mas todas elas são relativamente raras.
Proteínas
Para o atual estudo, os pesquisadores analisaram mais de 10 mil pessoas, buscando no genoma humano as pequenas diferenças entre as pessoas que sofrem de autismo e aquelas que não apresentam o problema.
Eles encontraram muitas variantes genéticas normalmente associadas ao autismo - todas elas apontavam para genes específicos do cromossomo 5, que controla a produção de proteínas que ajudam as células a se manterem juntas e a realizar as conexões nervosas.
Uma variante, entretanto, ligada a um gene chamado CDH10, está presente em mais de 65% dos casos de autismo, e os pesquisadores calcularam que solucionando esta mudança seria possível cortar o número de casos em 15%.
Segundo os cientistas, o autismo também está relacionado, com menos intensidade, a um grupo de cerca de 30 genes que produzem proteínas que ajudam as células cerebrais a migrar para os lugares certos e a se conectarem às células vizinhas. Outras mudanças genéticas notadas pelos pesquisadores ocorrem em genes envolvidos em um sistema de "reciclagem" celular que provavelmente assegura que essas proteínas atuem em perfeita ordem.
Complexo
Hakon Hakonarson, chefe da equipe de pesquisadores, reconheceu que a genética por trás do autismo é complexa. "Outros pesquisadores da doença já sugeriram que ela ocorre por causa das conexões anormais entre as células cerebrais durante o desenvolvimento da criança ainda nos primeiros estágios da vida. Por isso, nos sentimos obrigados a encontrar provas de que mutações em genes envolvidos nas conexões cerebrais aumentam o risco de uma criança desenvolver o autismo", afirmou.
"Mas provavelmente cada gene contribui um pouco para o risco, e cada um interage com outros genes e com fatores externos para desencadear a doença."
Segundo Simon Baron-Cohen, especialista em autismo da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, até hoje já foram identificados 133 genes que podem estar ligados à doença. Mas, para ele, ainda são necessários novos estudos para se descobrir como eles interagem entre si e com o ambiente externo. "O quebra-cabeças está sendo montado pouco a pouco, e a ciência do autismo está acelerando de maneira promissora", afirmou. O autismo e as doenças relacionadas afetam a interação social, a capacidade de comunicação e o comportamento.

ANIVERSÁRIO DE 8 ANOS DO EROS MICAEL

5º tentativa e a foto finalmente
saiu.
Eros comendo antes dos convidados
chegarem rsr.

Bolo mais do que lindo e saboroso, obrigada
pelo presente amigo JC.
Foi tudo muito rápido, tanto a festinha (que tem duração máxima de 2 horas) como ele chegar aos 8 anos de idade, parece que foi ontem que ele estava bebezinho nos meus braços. Dessa vez uma vitória, pequena, mas muito importante, ele não chorou nem se trancou no quarto como fazia antes com a presença dos amiguinhos da rua, apesar de que dessa vez ele escolheu a rua mesmo, mas participou do seu jeito, e nos seus olhos tinha alegria de ver que era tudo ali era pra ele, dessa vez ele percebeu que era uma comemoração. Todos os presente eram da família, tias, primos, avó e avô, tios. O parabéns dessa vez foi com palmas, mas não tão alto, e claro ele tentou fugir de novo rsrs, não tem importância esse pequeno detalhe, porque no final das contas ele se esbaldou, do jeito dele.
Agradeço mais uma vez pela presença de todos, aos presentes recebidos que foi assim mais do que especiais porque fizeram a festa dele acontecer, simples mas muito bonita.
Eros e Marcão advinha o que eles
estavam fazendo?
As crianças
Ohanna Kali, Eu e Eros Micael
obrigada Senhor Deus por essas
Bençãos.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MITOS E VERDADES


O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.
A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.
 

Fonte: Bengala Legal | Lucy Santos
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis
 

Dez coisas que você precisa saber sobre o autismo


Dez coisas que você precisa saber sobre o autismo



1
 Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhor. Inclusive os bebês podem receber tratamento a partir de brincadeiras.
2
É preciso “ensinar a criança autista a aprender”. Ela aprende com a repetição
3
Crianças autistas tendem a não focar o olhar. Estimule-a a seguir pessoas e objetos; assim, seu aprendizado será mais acelerado.
4
Agressões podem ser formas de se comunicar e podem significar vontade de ir ao banheiro ou comer.
5
É preciso prestar atenção no que o autista quer dizer com gestos, balbucios ou gritos. Isso tornará o tratamento mais eficaz.
6
No caso de a criança não falar, é importante criar uma forma de se comunicar com ela. Isso pode ser feito por meio de acenos e gestos.
7
A criança com distúrbio autista também reage ao meio em que vive. Se ela parecer agitada, tente notar em quais momentos isso ocorre. Ela pode não estar gostando da cor da sua camisa.
8
Irmãos de crianças diagnosticadas com autismo têm até 10% de chances de desenvolver a doença. Os pais precisam observar possíveis riscos.
9
Para assegurar a integridade física dos filhos, os pais não devem hesitar em intervir.
10
Busque profissionais especializados.



























sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Está chegando o dia, grande mobilização em Nova Iguaçu pra o dia 02 de abril, o dia internacional de conscientização do AUTISMO.

autismo-fita

Pessoal vamos nos mobilizar para fazer um grande dia de conscientização sobre o autismo em nosso município, com panfletagem, tenda de esclarecimento, cadastro de nossas crianças e divulgar a causa para todos ao nosso redor.

Dia 02 de Abril - dia Mundial da Conscientização do autismo, vamos todos juntos, AUTISMO, CONHEÇA E DIVULGUE!.

A Madrugada nossa de cada noite rsrsr,

Algumas vezes no início quando descobri que meu filho tinha o diagnóstico de Autismo quem já leu o blog euemeuautista.blogspot.com, viu que me dei apenas um dia para chorar, e depois eu só enxergava uma coisa, o que é Isso? como ajudo o meu filho? mas quem me ajudou, quem me fez enxergar, foi ele, Eros Micael, ele me abriu os olhos para o AMOR puro, integro, verdadeiro, aquele em que você sabe apenas pelo olhar que é amada. Trabalho fora, as vezes muitas horas, e ontem foi um desses dias, mas ao olhar para a janela do quarto da garagem de casa, quem eu vejo me esperando no escuro e olhando da janela ansioso? meu pequeno príncipe e nesses momento que ficar acordada até as 3 da manhã para as 6 está de pé simplesmente porque ele está insone, é um prazer imenso, estou cansada sim, maquiagem pra tampar as olheiras rsrsr, mas totalmente FELIZ. Dica de hoje mães: Sorria seu filho te ama, precisa de ti, e hoje temos o corretivo facial pra nos deixar com cara de Paisagem sempre kkkkk.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Poema na casa do autista!

 
Da nossa grande Poetisa Liê Ribeiro

Eu me pergunto a cada momento
Em que mundo nós vivemos.
Onde fazer escárnio da deficiência do outro
É engraçado...
Onde ganhar dinheiro a qualquer custo
É invadir a credibilidade do outro.
Por que:
Na casa do autista, há ingenuidade.
Na casa do autista há um jardim de tulipas
Na casa do autista há seres mágicos.
Luzes de estrelas, pureza de luas.
Na casa do autista, poucos saberão entrar
Para tanto precisarão limpar as mazelas internas.
Para tanto precisarão amar os diferentes.
Às vezes eu olho a minha volta
E só vejo vazio em cada olhar
Em cada ato, em cada risada sarcástica
Como se o outro fosse seu próprio espelho
Sim eu vejo no outro
Meu próprio reflexo torto.
A perfeição quando é de alma
E está arraigada em nossos autistas.
Às vezes eu me pergunto
Para que eu trabalho tanto
Para inserir meu filho nessa sociedade
Mas que sociedade é essa?
Que se pudesse o mastigaria
Engoliria e depois vomitaria fora.
Às vezes a dor é tanta
Que eu preferiria...
No mundo dele me refugiar.
Ficar ali com ele, salvos da maldade.
Essa é a humanidade desumana
Que se avoluma no mundo.
Vamos matar por matar
Vamos ferir por ferir
O que temos a perder?
Meu filho nem sabe
Que as pessoas o acham
Mera peça defeituosa passível de zombaria.
Meu filho é  puro.
Que caiu nessa terra Arida
Para aprender e ensinar
Que o maior valor da vida
É amar o seu próximo.

Autora
Liê Ribeiro
Mãe de um rapaz autista.

ÍDEIAS QUE FUNCIONARAM - AS AGRESSÕES

Relato de uma professora.

Respondo tua mensagem porque vivenciei estas mordidas no ano de 2011 com um aluninho de 4 anos, com diagnóstico de autismo.
Sou professora a muitos anos e me vangloriava de não apanhar dos alunos. Mas Dada (nome fictício) veio desmentir esta afirmação,  com tapas, pontapés, arranhões e depois mordidas. Inclusive em seus familiares .

Trabalho com crianças com diferentes necessidades especiais , e "aproveito" seus  movimentos e ações no trabalho pedagógico. Assim , balanceio vira dança, estereotipias com braços e mãos tocam  tambor, chocalho; balbucio e "gorjeio" vira canção.

Com Dada foi a mesma coisa, transformamos tapas e arranhões em carinho, usando creme para massagear os braços, chutes viraram futebol
Estas ações não são orientadas somente pela fala , mas tocando no aluno, levando o aluno pela mão para executa-las. Não se modificam em um dia, mas ao longo do trabalho e muitas vezes são esquecidas. Também , como tu , disse a ele que não gostava de apanhar, que doia , que eu gostava muito dele e esperava sempre por ele para brincar etc

Superada esta fase, vieram as mordidas. Doeram muiTo , nos meus braços e no meu "coração", doeram mais ainda quando ao  entregar o aluno aos pais ou avó  relatava, como sempre, o que fizemos em aula.

Pensando ... não atribui significado emocional ao fato e sim vi nesta ação a fome , a vontade de morder, de comer. Falei com os pais e eles contaram que ele lanchava antes do atendimento.
No atendimento seguinte levei uma maçã para Dada e ele a "devorou". Tirei fotos e mostrei aos familiares sua satisfação comendo a maçã.

Foi uma alegria geral. A partir deste dia Dada trouxe maçãs para os atendimentos. A família,  fazia questão de levar mais de uma para o coleguinha que faz dupla com ele e para a professora. Professora sempre ganha maçã , não é?
O sorriso voltou a nossa aula. Dai em diante,  ao perceber sua agitação perguntava se queria maçã, mesmo ele não respondendo, entregada a metade da fruta e Dada sentava para comer e brincar . Depois fomos ampliando o cardápio e comendo com pratinho, talhares.

Terminamos o ano com  muitos progressos e harmonia.
Espero que este relato possa contribuir no crescimento de Matheus.

Envio um abraço para ti e um muito especial para Argemiro e Mariene, que com muita eficiência e carinho me relataram sua jornada de pais, ofereceram um almoço delicioso e mostraram instituições em Salvador em fevereiro de 2010.
 

Relato da Professora Amelia Tochetto para uma família amiga,

pessoal fica a idéia, eu passo por isso com o Eros, não com mordidas , mas com tapas e empurrões e vou utilizar essas dicas.